Os perfumes

Quando nos aproximávamos do Chico, era comum sentirmos perfumes a se irradiarem dele.

Como os odores mudassem, às vezes entremeados com o forte cheiro de éter, sabia-se que eram produzidos pela Espiritualidade, que se utilizava de suas faculdades.

O apóstolo Paulo, em mensagem do capítulo XV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, referindo-se aos homens que praticam a máxima “Fora da caridade não há salvação”, afirma:

— Reconhecê-los-eis pelo perfume da caridade que espalham em torno de si.

Chico Xavier foi um deles.

Quando os perfumes não eram materializados, em torno do medianeiro permanecia o perfume de sua aura, que era percebido por todos aqueles dotados de maior sensibilidade.

Lembramo-nos de alguns fatos relacionados a essa faculdade em nossos contatos, entre eles o de uma senhora de nossa comunidade, que, estando na fila para se despedir do médium, viu outra senhora à sua frente retirar-se com o lenço perfumado. Quando chegou a sua vez, ela colocou um pequeno lenço em sua mão e, colando-a na mão do médium, pediu-lhe:

— Chico, me dê um pouco de perfume também.

Imediatamente ela sentiu sua mão umidecer-se e, quando a retirou, o lenço estava molhado, exalando suave perfume. Emocionada ela beijou-lhe a mão, e, como sempre ocorria, Chico retribuiu-lhe o gesto.

Depois de exibi-lo aos confrades que constataram o fenômeno, ela o guardou com cuidado e carinho.

O lencinho manteve os resquícios do perfume ainda por muitos dias.

 

(Do livro Inesquecível Chico – Edição GEEM)