Revista Comunicação #222 – Julho/Setembro 2017

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A Palavra de Emmanuel

(O pensamento do mentor espiritual de Chico Xavier a respeito de temas da atualidade: conselhos e ponderações sobre as atribulações de nossos tempos.)

Vencedores

Sejam quais forem as tribulações  da vida em que te encontres…

Se tens a estrela da confiança sob as nuvens pesadas do sofrimento…

Diante de conflitos que te pareçam calamidades, arrasando-te a vida…

À frente de provas que mais se te figuram conspirações das trevas, aniquilando-te o ser…

Se incompreensões de criaturas queridas te colocaram em labirintos de pranto…

Quando te venha a ideia de que tudo te falta, ainda mesmo os recursos indispensáveis à própria subsistência…

Ante a presença da morte, ao subtrair-te a presença de pessoas queridas…

Nas enfermidades que te segreguem nos tratamentos difíceis e dolorosos…

No centro de problemas que se te revelem insolúveis…

Quando os seres amados se entreguem à descrença, ridicularizando-te a fé…

Ante as lutas da vida, quando o mundo te imponha ao espírito o gosto amargo da solidão e da derrota…

Ergue o pensamento a Deus e confia em Deus, porque Deus não te abandona e tomará tuas aflições e tuas lágrimas, para alimentar com elas a luz da esperança, porque, quase sempre, é com a luz da esperança dos aparentemente vencidos que Deus ilumina o caminho dos vencedores, que estão sempre agindo e servindo na construção do Mundo Melhor.

Emmanuel

(Momentos de Ouro, F.C.Xavier/Espíritos Diversos, edição GEEM.)

Chico e Joana D’Arc

Dois espíritos que passaram pelo mundo terreno em épocas diferentes, cada qual com sua vivência espiritual própria, mas que testemunharam em sua existência o mais acendrado amor a Jesus!

Chico, no século Vinte, conviveu com a tristeza e as dificuldades decorrentes de dois conflitos mundiais em que pereceram cerca de 70 milhões de criaturas, e a doce alma de Domrémy, no século Quinze, participou ativamente da Guerra dos Cem Anos, que envolveu França e Inglaterra em intermináveis embates que trucidaram número incalculável de coetâneos seus e de ingleses. À época, a população da França era bem menor: um quarto da atual, cerca de 17 milhões de habitantes.

Nessas duas almas alcandoradas vemos o mesmo ideal:  servir ao Divino Mestre, abdicando de si mesmas, de seus sonhos pessoais.

Joana D’Arc, aos 17 anos, deixou sua pequena cidade na Lorena e partiu para desempenhar as tarefas que suas vozes lhe propunham: devolver à França a autonomia até então perdida, frente à possibilidade de fundir- se sua nação aos ingleses, encerrando assim a centenária guerra.

Simples, desataviada, rumou da terra natal a Vaucouleurs (ponto inicial de sua trajetória bélica) e daí partiu em direção a Chinon, onde se encontrava o fraco rei sem coroa, Carlos VII, incentivando-o a defender a pátria. Com sua armadura branca e a espada de Carlos Martel, conquistou Orleães, o coração da França, na feliz definição de Léon Denis, e conduziu, por meio de sucessivas vitórias, o rei até Reims, fazendo-o coroar-se.

Devido à pusilanimidade do infeliz soberano, não conquistou Paris, mas sedimentou as bases para que a França saísse vitoriosa de um conflito que, até sua intervenção, era nitidamente favorável aos ingleses, auxiliados pelo poderoso duque de Borgonha.

Aprisionada pela inveja de seus concidadãos, foi vendida aos invasores e queimada após meses de julgamento e detenção em penoso ergástulo. Nele enfrentou as horrorosas condições do calabouço de Rouen, que Denis descreve com riqueza de detalhes como sendo uma sentina, onde permaneceu amarrada por pesadas correntes, respirando com dificuldade a atmosfera deteriorada pelas imundícias.

Nos instantes finais de sua vida, não abjurou da crença nas vozes do arcanjo são Miguel e das santas Margarida e Catarina, enfatizando-as, aos    gritos, envolvida nas chamas que lhe calcinavam o corpo.

Levantou o ânimo alquebrado dos franceses e nunca usou da violência em seus dois anos de participação no conflito. Seu sonho, além de libertar a França do jugo estrangeiro, era servir ao Senhor, voltar a Domrémy e rever seus queridos pais e irmãos. Passear pelos campos e florestas, ouvir o canto do passaredo e visitar quem dela necessitasse em seus sofrimentos, como fez na infância e na juventude, até seus 17 anos.

Léon Denis observa que seu martírio, qual o de Jesus, se iniciou de modo semelhante:

O Mestre, após Judas tê-lo vendido ao Sinédrio por trinta moedas, e Joana, depois que o conde francês João de Luxemburgo cedeu-a tão covardemente aos ingleses por dez mil dinheiros…

O filho de Pedro Leopoldo pelejou em outros confrontos.  Desde a infância, chorou com o infortúnio de quem o procurava, visitou enfermos, abriu o telefone entre dois mundos, fazendo voltar a sorrir mães e pais sofredores, secando-lhes os olhos marejados e devolvendo-lhes o brilho.

Deu claridade prática à obra de Kardec e iluminou o mundo com seus livros de esperança e amor a Jesus e ao Criador.

Pediu a Emmanuel que lhe mostrasse as belezas do firmamento; entretanto, assustou-se ante a infinita grandeza do universo e voltou correndo ao corpo físico, ansioso por tomar café quente.

Conheceu as chagas do Cristo, como ocorrera com outros vultos espiritualizados do passado, e escondeu-as de todos. Certa feita, sem jeito, muito desconcertado, pediu ao amigo Josyan Courté que o ajudasse a descalçar os sapatos, pois seus pés estavam inchados. Josyan surpreendeu-se com o que viu…

Qual Joana D’Arc, hoje apenas cultuada na França por uma facção política, Chico enfrenta o olvido de parte do movimento espírita, que não compreendeu plenamente o fulgor de sua personalidade e de sua obra riquíssima, a ser estudada e meditada pelos grupos espíritas e lida atentamente no culto do evangelho no lar.

Joana passou a vida falando das visões e das vozes que a acompanhavam e testemunhou suas afirmações nos derradeiros momentos de sua existência. Sua voz emergia do fogo que a queimava, proclamando:

— São reais as visões que tive em minha vida, e não as renego.

Chico, desde os cinco anos até seu corpo finar-se em 2002, também teve visões e ouviu vozes. A diferença é singular, no que tange a quem da Espiritualidade se dirigia a essas duas almas abençoadas:  Joana era orientada pelo arcanjo Miguel e as santas Catarina e Margarida. Chico, em essência, tinha a presença de Isabel de Aragão, de Emmanuel e de sua mãe em sua vida.

São lições inapagáveis o que Emmanuel nos descreve nos romances inesquecíveis; os depoimentos de André Luiz, mostrando-nos a constante ligação entre esfera física e plano espiritual; e as mensagens que nos tocam o coração, ditadas ao Chico por Batuíra, Dr. Bezerra, Humberto Campos, Meimei, Maria Dolores, poetas e trovadores.

Se Joana visitou Tours, Orleães, Chinon, Beauvais, Reims, terminando seus dias em

Rouen, Chico Xavier partiu de Pedro Leopoldo para Uberaba e levou a mensagem de Jesus a cidades do Brasil e do exterior. Ambos semearam lições que não devemos olvidar, pois nos foram ensinadas por espíritos que nos iluminam a dura caminhada na Terra.

Almas da fortuna espiritual de Chico e Joana D’Arc representam a lídima expressão do evangelho do Mestre, vivido com suor, lágrimas e, paradoxalmente para nós, com imensa alegria. A alegria de viver e servir ao próximo.

 

São Bernardo do Campo, 30 de junho de 2017

Caio Ramacciotti

GEEM – Grupo Espírita Emmanuel

Pensamentos do Dia a Dia

Caridade é o amor espontâneo e infatigável que colocamos em nossos menores gestos, para que a vida seja um cântico de progresso e alegria para todas as criaturas, exaltando em toda parte a eterna glória de Deus.

Na hipótese de haveres ferido alguém, solicita desculpa a quem prejudicaste, reparando essa ou aquela falta cometida.

O sol renascente, cada manhã, ensina- nos, em silêncio, que a vida começa todos os dias, e que, em  todos  os  dias,  é  possível refazer o destino pela reparação voluntária de nossos próprios erros.

A alegria de viver pede, acima de tudo, a luz do entendimento e a bênção do amor.

O amor é a bênção da vida, mas nunca brilhará para as criaturas sem o pedestal da justiça.

Com a bênção do Cristo na própria alma, tens contigo a Luz que extingue a sombra e o Amor que mitiga o sofrimento.

O tempo altera todas as construções exteriores da vida, mas conserva, intocável, com dividendos crescentes e incessantes, todo e qualquer investimento de amor.

Ninguém é tão pobre que não possa dar ao irmão de luta algumas palavras de bom ânimo.

Emmanuel

(Dia a Dia com Chico e Emmanuel, edição GEEM.)

Notícias

1)A Federação Espírita dos Estados Unidos realizou, em maio de 2017, o 11º Simpósio Espírita dos Estados Unidos, em Orlando Flórida. O tema debatido foi Reencarnação, a lógica à luz da Justiça Divina.

2) A Casa de Chico Xavier foi agraciada com a Comenda da Paz Chico Xavier, dia 31 de março de 2017, no Memorial Chico Xavier, em Uberaba-MG. Parabéns a todos os trabalhadores da instituição, que, no dia 02 de abril passado, completou 11 anos de existência. (Fonte: Jhon Harley, Pedro Leopoldo-MG)

3)O Núcleo Espírita Chico Xavier de Niterói- RJ, no dia 8 de abril passado, completou seu 7º ano de existência. Nossos cumprimentos. Cada grupo criado em nome do saudoso Chico é uma luz que se acende no céu resplendente de nossa doutrina. (Fonte: Notícias do Movi- mento Espírita, Ismael Gobbo)

4) A 11ª edição do MEDNESP – Congresso Nacional Médico-Espírita do Brasil reuniu 65 associações médico-espíritas do Brasil e internacionais. O evento, organizado pela AME- Brasil, ocorreu de 14 a 17 de junho, no Rio Centro, Rio de Janeiro-RJ.

 

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