Súplica de filho

Lembro-te, Mãe… A noite avança…
E saindo, apressado, para a orgia,
Disseste-me, escorada numa tia:
“Fica hoje… Atende-nos… Descansa…”

Voltei para encontrar-te em agonia!…
A Morte angelizou-te a face mansa…
Chorei qual se voltasse a ser criança!…
Eras o meu tesouro e eu não sabia…

De prazer em prazer, matei-me aos poucos…
Veio a Morte e cortou-me os sonhos loucos,
Lamentando-me a vida gasta em vão!…

Estou perdido, entre imensos espaços…
Vem guardar-me, de novo, nos teus braços,
Mãe sempre amada de meu coração!…

Luiz Mendes
(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Culto do Evangelho no Lar, em sua própria residência, pela mediunidade auditiva, na noite de 2 de março de 1996, em Uberaba, Minas).


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