Revista Comunicação #254 – Abril / Junho 2025

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Jesus e João Batista – Edição 254

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A Palavra de Emmanuel

(O pensamento do mentor espiritual de Chico Xavier a respeito de temas da atualidade: conselhos e ponderações sobre as atribulações de nossos tempos)

No Templo Doméstico

A escola simples alfabetizará teu cérebro, garantindo-te o ingresso no vestíbulo da cultura e na universidade, na ordem superior do ensino, descerrando-te o acesso à infinita sabedoria…
*
O santuário religioso preparar-te-á o sentimento para a aquisição da virtude, e as grandes experiências da fé habilitar-te-ão à vida interior nos mais largos voos nos domínios do espírito…
*
Aprenderás com o mundo e com os homens os mais belos caminhos, para que o teu entendimento e o teu coração se ergam da sombra terrestre à claridade dos cimos; entretanto, o lar é o ponto vivo de tua luta, a oficina de tua redenção e o templo em que conquistarás as próprias asas para a libertadora ascensão.
*
É aí, nesse abrigo limitado a quatro paredes, que serás desafiado a positivos testemunhos de sacrifício, diplomando-te no serviço justo à comunidade terrena, que te espera a palavra brilhante e a linguagem do exemplo renovador…
*
Vive, no asilo doméstico, à maneira de quem lhe penetrou os umbrais exclusivamente para aprender a amar, a socorrer e a servir.
*
Dentro dele encontrarás os laços mais puros, incentivando-te à sublimação do porvir, e as mais aflitivas algemas, a te jungirem ao passado obscuro e delituoso.
*
Em seus altares, serás defrontado pelas flores do carinho sem jaça e pelos espinhos agressivos do ódio e da aversão, requisitando-te a mensagem permanente da humildade e da tolerância.
*
Abraça, no lar em que te situas, o caminho de tua própria purificação à frente da vida e, convertendo-te no santuário familiar em servo do amor que auxilia sempre, dele desferirás teu grande voo em serviço da Humanidade inteira.

Semeador em Tempos Novos
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
Edição GEEM

Jesus e João Batista

João Batista, como deduzimos das palavras de Jesus, foi a reencarnação de Elias, profeta do povo judeu no século nono antes de Cristo.
Filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, por parte de mãe era primo de Jesus, conforme cita Lucas em seu evangelho. (1:36)
Dos evangelistas é ele o que mais enfatiza o nascimento de João Batista, destacando a visita que Maria fez a Isabel quando João ainda estava no ventre materno no distante sul da Palestina, em pequena vila próxima de Hebron e do mar Morto.
Em seu livro sobre Jesus, Renan1 faz substancial resumo a respeito desse iluminado espírito, que, em nosso entendimento, trouxe a nova revelação a Allan Kardec, sob o pseudônimo de ‘O Espírito da Verdade’:

Apareceu por esse tempo e decerto teve relações com Jesus. Era um homem extraordinário, cuja vida, por falta de documentos, é para nós em parte enigmática.
João era de raça sacerdotal e natural, pelo que parece, de Juta, perto de Hebron, ou mesmo de Hebron.
Desde a sua infância, João foi nazir, isto é, sujeito por voto a certas abstinências. Cedo o chamou a si o deserto de que, por assim dizer, estava rodeado.
Passava ali a vida dum iogue da Índia, vestido de peles ou de panos fabricados com pelo de camelo, comendo apenas gafanhotos e mel silvestre.
Foi ladeado por certo número de discípulos que lhe imitavam o viver e meditavam as suas severas palavras.

Clóvis Tavares2 é autor de riquíssimo trabalho editado pelo GEEM, de que extraímos o texto que segue:

Quando Herodes governava a Judeia, ali viviam Zacarias e Isabel.
Apesar de ser Isabel de avançada idade e considerada estéril, o seu marido, sacerdote da ordem de Abias, recebeu um dia, de um elevado espírito, no Templo de Jerusalém, a notícia de que sua esposa seria mãe.
O mesmo anjo Gabriel declarou-lhe que a criança deveria ser chamada João.
E mais adiante, ao longo de seu rico texto, Clóvis escreve:

Na verdade, o filho de Isabel seria para o mundo uma dádiva do Altíssimo.
Zacarias não acreditou na revelação do Espírito, mas, com o nascimento de seu filho, o sacerdote e a esposa viram realizada a predição do Anjo de Deus.
É que ele havia vindo para testemunho, para que testificasse da luz, como disse, no quarto Evangelho, o vidente de Patmos.
(Jo 1:7)

O capítulo VI de O Evangelho Segundo o Espiritismo nos traz a palavra de Jesus aos apóstolos, anunciando a terceira revelação, ou seja, a doutrina espírita.
Jesus, na última ceia, conversou muito com os apóstolos, anunciando que voltaria ao Pai, o que motivou a pergunta de Pedro, relatada por todos os evangelistas:
“— Para onde vais, Senhor?”
João, em seu evangelho, assim relata as palavras de Jesus:

Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre: o Espírito de Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. (João:15-18)

Realmente, o Consolador Prometido foi enviado pelo Divino Mestre séculos depois de despedir-se dos apóstolos.
Surgiu na França do século XIX, inspirado pelo Espírito da Verdade, com a codificação do Espiritismo, que devemos a Kardec, sacerdote druida ao tempo dos celtas.
Quem é o Espírito da Verdade, porta-voz de Jesus, que nos trouxe a terceira revelação?
Supomos, em concepção meramente pessoal, ser João Batista o elevado espírito que, ao reconhecer Jesus, o identificou qual sendo o enviado de Deus que nasceu entre nós, para deixar à Humanidade a eterna mensagem do Pai.
Vale recordar um pouco desse admirável espírito, considerado por Jesus o maior entre todos os que nasceram de mulher!
Nove séculos antes de Cristo, na roupagem física do profeta Elias, determinou João Batista a morte por decapitação de mais de quatrocentos profetas do Baal, o deus maior dos cananeus, povo vizinho dos judeus.
À época de Jesus, João Batista foi degolado por determinação de Herodes Antipas, atendendo ao pedido de sua filha adotiva Salomé, inspirada pela maldade da mãe Herodíades.
Dezoito séculos depois, João Batista nos trouxe a Nova Revelação, o Espiritismo, que esclarece o que Jesus não pôde ensinar em sua época, por entender inadequado, ainda precoce, para a plena compreensão das verdades celestiais.
Sugerimos a leitura dos livros citados ao final deste texto, sobretudo o excelente trabalho, editado pelo GEEM, de Clóvis Tavares, enriquecido por esclarecimentos de seu filho Flávio.
Descrevem os autores citados que João Batista se alimentava com frugalidade, e suas prédicas eram acompanhadas por seus discípulos, sendo que dois deles, os irmãos Tiago e João, passaram a acompanhar o Mestre.
João Batista batizava quem o procurava nas águas do Rio Jordão, desde a região desértica próxima ao Mar Morto até o mar da Galileia.
Mas, considerou-se impossibilitado de batizar o Mestre, pois, ao vê-lo nas proximidades do mar Morto, ou talvez na Galileia, prontamente reconheceu a condição espiritual de Jesus, afirmando-lhe:
— Não sou digno de desatar-lhe as sandálias.
Pouco tempo depois, na colina de nome Maqueronte, onde se encontrava em seu palácio de lazer o rei Herodes Ântipas, sabemos o que ocorreu:
Esse pusilânime rei, atendendo ao apelo de Salomé, filha de Herodíades, sua segunda esposa, mandou decapitar João Batista. Seus sequazes lhe entregaram a cabeça do grande precursor.
Na Palestina, nome dado por Adriano, imperador romano, à região habitada pelos judeus, João foi o precursor da mensagem de Jesus, abrindo o caminho para que o Mestre nos proporcionasse a palavra de Deus, ensinada no Tiberíades, na Samaria, em Betânia, Jericó, nas dez cidades do oeste do Jordão e em Jerusalém.
João Batista, identificando-se com o nome de O Espírito da Verdade, voltaria das Alturas Celestiais para nos legar, em nome de Jesus, o Espiritismo, com suas eternas lições, que se consubstanciam na sobrevivência do espírito após a morte, na reencarnação e na obrigatória presença do amor e da caridade nos caminhos da Vida.
A propósito, é oportuno destacar que, baseando-se nessa síntese da doutrina kardequiana, escrita por inspiração de João Batista, Francisco Cândido Xavier devolveu a paz e a alegria perdida a milhares de mães, que passaram a ter a convicção interior de que seus filhos, entes queridos que partiram, não morreram e as acompanham da Vida Maior.

Caio Ramacciotti/GEEM

1) Ernest Renan, Vida de Jesus, edição Lello & Irmãos – Editores Porto-Portugal
2) Clóvis Tavares e Flávio Mussa Tavares, João Batista – Edição GEEM

Caridade do Esquecimento

Não olvides a caridade do esquecimento de todo mal.
Nela reside a força progressiva do bem.
*
Dissabores revividos são espinhos bem cultivados.
Diariamente, é possível exercê-la, porque o cipoal dos desgostos de toda sorte nasce também de sementes minúsculas.
*
A benefício da paz, não te fixes nas pequenas desarmonias que te rodeiam.
Esquece o erro do vizinho.
O mau temperamento do próximo.
A irritação do companheiro.
A ingratidão da parentela.
A intriga sutil.
A palavra maldosa.
A frase contundente.
A resposta impensada dos outros.
A saudação não respondida.
A ilusão dos que te seguem.
A irreflexão de alguns ou de muitos.
A ignorância do associado de luta.
A atitude do irmão em desacordo com a tua.
A opinião diferente da que adotas.
A cicatriz ou a ferida dos semelhantes.
A infelicidade do companheiro inseguro.
A observação injuriosa que procura ferir-te a dignidade pessoal.
A incompreensão do meio a que serves.
A dificuldade e o obstáculo que se apresentam por abençoadas provas à tua fortaleza moral ou à tua boa vontade.
*
Lembra-te do auxílio simples do esquecimento da sombra que se interpõe entre o nosso espírito e a realidade.
Abre o coração à Luz e adianta-te, olvidando as trevas da jornada.
Quem recebe a dádiva da luta na condição de um tesouro por engrandecer e aperfeiçoar realmente encontrou, para a própria felicidade, o verdadeiro caminho do Céu.

Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
Instrumentos do Tempo – GEEM

Dia a Dia com Chico e Emmanuel

Indicarás a trilha exata da beneficência através de preciosos conselhos, mas, enquanto não te dispuseres a percorrer a estrada do desprendimento no auxílio ao semelhante, embora ajude indiretamente a quem te ouça, andarás órfão de teus próprios avisos.

No reino da alma somente o amor, fonte da vida, consegue estabelecer verdadeiro apoio ao equilíbrio e à governança.

Reconhecer a autoridade moral de Nosso Senhor Jesus Cristo e submeter-se, sem subserviência ou pieguice, mas com dignidade e respeito, ao controle dos ensinamentos evangélicos explicados pelo Espiritismo Cristão.

Edição GEEM

Notícias

1) Semanalmente, aos sábados, a Associação Médico-Espírita do Planalto, em parceria com a Associação Médico-Espírita Brasil e a Rádio Brasil Espírita, transmite em seus canais no youtube um momento de reflexão com leitura dirigida. Citamos o tema de uma das reuniões:
– A vida Mental e o Comportamento Suicida, apresentada em setembro de 2024 por Marcus Ribeiro da AME – São Paulo. (Notícia FEB)

2) Comemoramos em 2025, o quarto ano de nossa reunião, via digital, às segundas feiras entre 20 e 20h30. Trata-se de estudo do Evangelho e de O Livro dos Espíritos, com comentários sintéticos a respeito dos temas escolhidos.
Além da obra de Kardec, também discutimos a vida e obra de Francisco Cândido Xavier, nosso patrono espiritual.
Informações pelos canais de comunicação do GEEM.

3) Lembramos ao leitor que, no aniversário de Francisco Cândido Xavier, o GEEM lançará o livro Cartas de Chico Xavier, escritas com a grandeza de alma com quem tivemos a honra de trocar 32 correspondências entre 1980 a 1989. Convivemos desde 1959 com essa sublime criatura.

Nossas Atividade

I – Departamento Editorial Batuíra
– Vida e obra de Francisco Cândido Xavier
– Edição de livros e da revista Comunicação®
– Centro de Estudos Chico Xavier
– Divulgação Braille Casimiro Cunha

Reuniões Espíritas:
Centro Espírita Maria João de Deus
São Bernardo do Campo (segunda-feira às 20h) Reuniões on-line e sábados às 13h.

Programa No Limiar do Amanhã
Rádio A + Morada – Araraquara – FM 94.9 Mhz (ouça-o também em nosso site)

II – Departamento Filantrópico Nosso Lar
Atendimento a famílias e gestantes:
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O GEEM divulga o Espiritismo, codificado por Allan Kardec, e dedica-se, desde o lançamento, em 1970, da pioneira obra Mais Luz, à edição de livros do saudoso médium Francisco Cândido Xavier.

Expediente

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Diretor: Caio Ramacciotti
Jornalista responsável: Mário Augusto R. Vilela
Diagramação: Roberta Ferreira Pedreiro
Capa e Arte: Alceu Arasaki
In Memoriam – Vivaldo da Cunha Borges
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