Revista Comunicação #256 – Outubro / Dezembro 2025

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João o Apóstolo dileto – Edição 256

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A Palavra de Emmanuel

(O pensamento do mentor espiritual de Chico Xavier a respeito de temas da atualidade: conselhos e ponderações sobre as atribulações de nossos tempos)

Oração pelos Quase Mortos

Senhor Jesus!…

Enquanto os irmãos da Terra procuram a nós outros, os companheiros desencarnados, nas fronteiras de cinza, rogando-te amparo em nosso favor, também nós, de coração reconhecido, suplicamos-te apoio em auxílio de todos eles, principalmente considerando aqueles que correm o risco de se marginalizar nas trevas!…
Pelos que perderam a fé, recusando o sentido real da vida, e jazem quase mortos de desespero.
Pelos que desertaram das responsabilidades próprias, anestesiando transitoriamente o próprio raciocínio, e surgem quase mortos de inanição espiritual.
Pelos que se entregaram à ambição desmesurada, a se rodearem sem qualquer proveito dos recursos da Terra, e repontam do cotidiano quase mortos de penúria da alma.
Pelos que se hipertrofiaram na supercultura da inteligência, gelando o coração para o serviço da solidariedade, e aparecem quase mortos ao frio da indiferença.
Pelos que acreditaram na força ilusória da violência, atirando-se ao fogo da revolta, e se destacam quase mortos de angústia vazia.
Pelos que se perturbaram por ausência de esperança, confiando-se ao desequilíbrio, e se revelam quase mortos de aflição inútil.
Pelos que abraçaram o desânimo por norma de ação, parando de trabalhar, e repousam quase mortos de inércia.
E pelos que se feriram, ferindo os outros, encarcerando-se nas cadeias da culpa, e estão quase mortos de arrependimento tardio!…

*
Senhor!…

Para todos os nossos irmãos que atravessam a experiência humana quase mortos de sofrimentos e agravos, complicações e problemas criados por eles mesmos, nós te rogamos auxílio e bênção!…
Ajuda-os a se libertarem do visco de sombra em que se enredaram e traze-os de novo à luz da verdade e do amor, para que a luz do amor e da verdade lhes revitalize a existência, a fim de que possam encontrar a felicidade real contigo agora e para sempre.

Emmanuel

(Na Era do Espírito, Francisco Cândido Xavier/Herculano Pires)

João, O Apóstolo Dileto

A respeito de Tiago, irmão de João, ambos filhos de Zebedeu e Salomé, Maria Guadalupe, nossa colaboradora nas atividades do GEEM, espanhola radicada no Brasil, nos enviou interessante relato:

Diz a tradição católica que o Apóstolo Santiago, desanimado com os resultados do seu trabalho na Espanha, estando perto de Zaragoza, capital de Aragón, divisou Nossa Senhora aparecendo de pé sobre um pilar, para consolá-lo e animá-lo.
Fala-se, também, que essa aparição teria sido no dia 2 de janeiro do ano 40 da Era Cristã e que, portanto, Nossa Senhora ainda estava encarnada.

Sabemos da luta incessante de Tiago, o primeiro dos apóstolos a pregar fora da antiga Palestina, visitando a Espanha e atuando intensamente, a ponto de ser considerado o Santo Padroeiro da Espanha, sendo Nossa Senhora do Pilar a Padroeira.
Na volta da Espanha, encontrou ele a morte, martirizado por Herodes Agripa I.
Entendemos que Jesus, a par de sua família de Nazaré, em sua peregrinação no território palestino, que se iniciou em 31, constituiu uma segunda família com Lázaro, suas irmãs Marta e Maria, e os filhos de Zebedeu, Tiago e João.
Falemos de João.
Enquanto os apóstolos, temerosos, se mantinham ausentes na Crucificação, João estava presente ao lado de Maria.
Jesus, imobilizado na cruz, pediu-lhe que cuidasse de sua mãe, e João não abandonou Maria até que ela voltasse aos Céus, décadas depois em Éfeso, cidade próxima ao Mar Egeu, situada na Ásia Menor.
Ele e o irmão Tiago eram naturais de Betsaida, pequeno vilarejo mais ao norte da região do mar da Galileia. Com os pais teriam migrado para Cafarnaum, tornando-se pescadores ao lado de Pedro e seu irmão André.
Vamos lembrar que João, destemido, ao contrário dos outros apóstolos, acompanhou Jesus desde sua prisão no Gethsemani e esteve a seu lado durante todo o malsinado processo instituído pelo Sinédrio e coonestado por Pôncio Pilatos. Este desrespeitou a tradição de Roma, ao não exigir a presença de testemunhas na defesa do acusado.
Na Santa Ceia, quando Jesus falou longamente aos apóstolos, como que se despedindo, João carinhosamente reclinou a cabeça sobre o coração de seu amado Mestre.
Também ele permaneceu presente durante aqueles momentos em que Jesus padecia na Cruz.
João cuidou de Maria e divulgou sem trégua a palavra do Mestre. Assim o fez nos anos em que viveu na Palestina e, mais tarde, em Éfeso, onde escreveu o quarto evangelho. Foram intensas as suas pregações por toda a Ásia Menor.
O que João escreve em seu evangelho nos dá o conhecimento das eternas palavras que ouviu de Nosso Senhor, ressaltando Suas atividades espirituais. Lembra-nos ainda que, se tudo o que Jesus ensinou fosse escrito, não
haveria livros suficientes no mundo para abrigar suas eternas lições.
No ano 3 do século seguinte, já em Éfeso, João desprendeu-se do corpo, cansado das longas peregrinações pela Palestina e por toda a Ásia Menor.
Difícil é avaliar a sublime recepção que lhe fizeram Maria, sua mãe adotiva, e Jesus, que o considerava o discípulo amado.
Se pudéssemos descrever o que nasce de nossa imaginação, o reencontro teria sido às margens do mar da Galileia, com os barcos de Pedro e André e os de João e Tiago ali aportados.
Foi um sagrado retorno ao local em que, no início de sua pregação, Jesus convidara esses pescadores a se tornarem pescadores de almas.
Aconchegado no colo do Mestre, como o fizera na Ceia do Senhor, com Maria lhe cofiando os cabelos embranquecidos, João dele ouviu as sublimes palavras:
— Vem a mim, meu discípulo amado.
Você esteve comigo nos mais difíceis momentos de minha vida terrena, acompanhando-me, sem nada temer, desde o jardim do Gethsemani até o Sinédrio, e percorrendo a meu lado o longo caminho em que carreguei a pesada cruz até o Gólgota, com a generosa ajuda de Simão Cireneu.
Nos momentos finais do Calvário, o meu coração sentiu-se tranquilo ao ver você ao lado de minha mãe. Essa visão foi um bálsamo que me permitiu fechar os olhos e entregar-me aos novos desígnios de meu Pai.

O firmamento, naquele sublime reencontro, tornou-se mais iluminado, com as estrelas entoando um suave cântico de luz…

Algozes de Jesus

“Parece que, com efeito, tudo leva a crer que o milagre de Betânia contribuiu sensivelmente para apressar o fim de Jesus.”
(Ernest Renan, Vida de Jesus)

Ciente de que Lázaro falecera, deslocou-se Jesus da Pereia até Betânia e o fez renascer.
O corpo achava-se no sepulcro da família.
Lázaro estava ressuscitado, mas seu retorno à vida seria o motivo final para que Jesus fosse eliminado.
Foi o que ocorreu com a decisão de Anás e Caifás, com o apoio dos saduceus que compunham o Sinédrio Político, e resume-se na terrível ponderação:
— Mais vale a morte de um homem do que a ruína de um povo.
E decidiram prender Jesus.
Jerusalém, na páscoa judaica, ampliava muito sua população de 50.000 habitantes, com a chegada de judeus de outras plagas para as cerimônias que culminavam no domingo de páscoa.
O grande mentor do brutal assassínio foi Anás, utilizando-se do genro Caifás, então sumo sacerdote. Pôncio Pilatos, o mesquinho governador da Palestina, enviado por Roma, coonestou a decisão do Sinédrio.
Isso aconteceu logo após a agradável permanência de Jesus na sua querida Betânia. O Mestre desceu a Jerusalém do cimo do Monte das Oliveiras, passando por Betfagé.
Interessante as ponderações de Renan a respeito:

A cidade sagrada dos judeus comemorava a Páscoa Judaica.
Jesus, devido ao número elevado de visitantes durante esses seis dias que antecederam a crucificação, preferiu passar as noites junto a Lázaro e às irmãs em Betânia, que poderia ser considerada um bairro de Jerusalém.

Só não o fez no dia anterior à Crucificação, certamente sentindo que seus dias terminavam na Terra.
Em Betfagé, na sua derradeira entrada em Jerusalém, tomou emprestado um burrico, fêmea, com sua pequena cria.
Atravessou a Porta de Salomão e ceou com os apóstolos, mas não foi passar a noite em Betânia.
Preferiu meditar até altas horas da noite no Jardim do Gethsemani, tendo próximos Pedro, Tiago e João. Os outros apóstolos descansavam mais distante, ainda no Monte das Oliveiras.
O mais já sabemos: o merencório e fatal destino de Nosso Senhor Jesus Cristo:
Os sacerdotes do templo de Jerusalém, mais distantes do monte, analisavam a melhor maneira de levarem o Mestre à Crucificação.
Temiam eles que essa decisão pudesse acirrar a revolta dos judeus cristianizados de Jerusalém, e também de outras regiões que compunham as quatro divisões da antiga Palestina, elaborada por Herodes I no início do primeiro século da Era Cristã.
A violenta e absurda decisão do Sinédrio foi contestada por dois membros que se aproximaram de Nosso Senhor Jesus Cristo: Nicodemos e José de Arimatéia.
Também Gamaliel, líder religioso da comunidade judaica e profundo conhecedor dos princípios religiosos dos judeus, discordou da absurda decisão de seus pares.
O que ocorreu, após a decisão dos sacerdotes, todos nós já sabemos:
O beijo de Judas, a prisão, os açoites e a cruz…

Vida Afetiva

Todos os problemas da vida afetiva serão devidamente aclarados quando o conhecimento da reencarnação for concebido na base da regra áurea.
*
Faremos a outrem, nos domínios afetivos, aquilo que desejamos se nos faça. Isso porque tudo o que doarmos ao coração alheio recolheremos de volta.

*
O amor em sua luminosa liberdade é independente em suas escolhas e manifestações; no entanto, obedece igualmente ao princípio: “Livre na sementeira e escravo na colheita”.
Ligeira recolta de observações nos fará pensar nisso.
Em muitas ocasiões, o rival que abatemos, de um modo ou de outro, induzindo-o à desencarnação, é o filho que a vida e o tempo nos colocam nos braços, a cobrar-nos, em abnegação e renúncia, a assistência e a proteção que lhe devemos:
– o jovem ou a jovem que furtamos dos braços de nossos filhos, considerando-os indignos de nossa equipe doméstica, impondo-lhes, direta ou indiretamente, a morte do corpo físico, voltam na condição de netos, em muitas circunstâncias, compartilhando-nos o leito e a vida;
– a criança nascitura que arrojamos à vala do aborto desnecessário e que deveria nascer e crescer para o desenvolvimento da afetividade pacífica, entre os nossos descendentes, costuma encontrar novo berço em nosso clima social, reaparecendo na condição do homem ou da mulher que, mais tarde, nos aborda a organização familiar, exigindo-nos pesados tributos de aflição;
– as criaturas que enganamos, no terreno do afeto, em outras estâncias, habitualmente retornam até nós por filhos-problemas, reclamando-nos atenção e carinho constantes para o reajuste emocional que demandam.
Frustrações, conflitos, vinculações extremadas e aversões congênitas de hoje são frutos dos desequilíbrios afetivos de ontem, a nos pedirem trabalho e restauração.
*
É possível haja longa demora na aceitação geral da verdade por parte dos agrupamentos humanos, em nos reportando ao mundo genésico.
Dia virá, porém, no qual todas as criaturas compreenderão que o espírito, onde estiver, conforme aquilo que plante em matéria de afetividade, isso também colherá.

Emmanuel

(Na Era do Espírito, Francisco Cândido Xavier, Herculano Pires)

Notícias

1) Estamos próximos de dezembro, quando reverenciamos a figura de nosso Divino Mestre. O GEEM lançou no decorrer do ano livros novos, enviados por Chico Xavier.
Cartas de Chico Xavier foi um deles, editado no aniversário de nascimento de nosso saudoso e inesquecível amigo.
2) A 05 de janeiro de 2025, a União Espírita Mineira iniciou a nova fase de estudo do livro Jesus no Lar. A obra, ditada pelo espírito Neio Lúcio, psicografada por Francisco Cândido Xavier, é composta por 50 capítulos. Em seu prefácio, Emmanuel fala da renovação interior do indivíduo ao receber Jesus Cristo intimamente e no santuário familiar.
3) Concluímos mais um ano com o estudo sistemático da Doutrina todas as segundas – feiras às 20h, via internet, com a presença de uma centena de participantes. Visite-nos, caro leitor. Basta solicitar o link da reunião através do WhatsApp (11) 97855-4401.

Nossas Atividade

I – Departamento Editorial Batuíra
– Vida e obra de Francisco Cândido Xavier
– Edição de livros e da revista Comunicação®
– Centro de Estudos Chico Xavier
– Divulgação Braille Casimiro Cunha

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(segunda-feira às 20h reuniões on-line e sábados às 13h.)

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II – Departamento Filantrópico Nosso Lar
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O GEEM divulga o Espiritismo, codificado por Allan Kardec, e dedica-se, desde o lançamento, em 1970, da pioneira obra Mais Luz, à edição de livros do saudoso médium Francisco Cândido Xavier.

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