Editorial
Caro leitor.
Esta edição da revista Comunicação é um presente de bom ânimo a todos os irmãos de jornada, com inspirado texto de Emmanuel, trazendo-nos lembretes importantes para que iluminemos
os corações, renovando, assim, os esforços na eterna caminhada em direção a Deus.
Nesse sentido, para nosso aprendizado, apresentamos-lhe duas situações vividas por Chico Xavier, em que, com humildade, ele nos ensina a importância da oração e do trabalho, como ferramentas imprescindíveis para arrostarmos as difíceis circunstâncias que a vida nos apresenta.
Que Jesus nos inspire e fortaleça a todos, abençoando sempre o nosso querido Chico e outros abnegados benfeitores, que, com seu amor irrestrito, têm-nos acompanhado e amparado ao longo dos milênios, na árdua batalha pelo despertar de nossas consciências ante as realidades do espírito.
Caio Ramacciotti
GEEM – Grupo Espírita Emmanuel
São Bernardo do Campo, julho de 2014
A Palavra de Emmanuel
(O pensamento do mentor espiritual de Chico Xavier a respeito de temas da atualidade: conselhos e ponderações sobre as atribulações de nossos tempos.)
Reparação
Na Terra, muitas vezes, aguardamos a passagem da desencarnação para o ingresso ao paraíso, esquecendo, na vizinhança, a oportunidade de construir o Céu pela implantação da verdadeira fraternidade.
Em muitas ocasiões, suspiramos pela presença dos anjos, ecusando os mais ínfimos exercícios de compaixão e bondade a benefício de outrem.
Habitualmente, rogamos o amparo divino sem ceder um milímetro de nosso conforto humano e, quase sempre, reclamamos a bênção dos instrutores espirituais, cerrando a porta de nossas almas aos que nos suplicam entendimento e perdão.
É imprescindível, porém, recordar que ninguém precisa morrer na carne para ressurgir na atitude.
O sol renascente, cada manhã, ensina-nos, em silêncio, que a vida começa todos os dias, e que, em todos os dias, é possível refazer o destino pela reparação voluntária de nossos próprios erros.
Aprendamos a fazer luz no íntimo de nós mesmos, através do estudo nobre, e a corrigir nossos males pelo serviço do bem constante.
Saibamos edificar segundo o amor claro e simples e perceberemos, em cada instante, o nosso ensejo de cooperar em favor dos outros.
Dispõe-te a semelhante mister e não encontrarás, no campo em que jornadeias, senão companheiros de esperança e de luta, endigando- te o coração.
Enxameiam, aqui e ali, aflitos e desditosos, ainda mesmo quando se te afigurem dominados de orgulho ou envilecidos na vaidade.
Não lhes agraves a dor, estendendo as sombras que lhes obscurecem as horas.
Foge à reprovação que aniquila, evita o sarcasmo que envenena, esquece a exigência que desfigura e abstém-te da acusação que vergasta…
Lembra-te de que a todos nós cabe o dever do auxílio para que sejamos auxiliados.
E, reparando, incessantemente, o mal que outrem provoque, estarás restaurando o próprio caminho que, limpo e renovado, deixará passar, em teu socorro, a luz do Bem Eterno, de que ninguém prescinde na ascensão para Deus.
(Do livro Confia e Segue – F. C. Xavier/ Emmanuel, Edição GEEM)
A Caridade e a Oração
O Centro Espírita Luiz Gonzaga ia seguindo para a frente…
Certa feita, alguns populares chegaram à reunião, pedindo socorro para um cego acidentado.
O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, precipitando-se ao solo de uma altura de quatro metros.
O guia desaparecera, e o cego vertia sangue pela boca.
Sozinho, sem ninguém…
Chico alugou pequeno pardieiro, onde o enfermo foi asilado para tratamento médico.
Caridoso facultativo receitou, graciosamente. Mas o velhinho precisava de enfermagem.
O médium velava junto dele à noite, mas durante o dia precisava atender às próprias obrigações na condição de caixeiro do Sr. José Felizardo.
Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal, em Pedro Leopoldo.
E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando o concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio durante o dia, porque, à noite, ele próprio se responsabilizaria pelo doente.
Alguém que pudesse ajudar. Não importava que o auxílio viesse de espíritas, católicos ou ateus.
Seis dias se passaram sem que ninguém se oferecesse.
Ao fim da semana, porém, duas meretrizes muito conhecidas na cidade se apresentaram e disseram-lhe:
— Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir…
— Ah! Como não? – replicou o médium – Entrem, irmãs! Jesus há de abençoarlhes a caridade.
Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico ao pé do enfermo.
Decorrido um mês, quando o cego se restabeleceu, reuniram-se pela derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz.
Quando o Chico terminou a oração de agradecimento a Jesus, os quatro choravam.
Então, uma delas disse ao médium:
— Chico, a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.
E uma passou a servir numa tinturaria, desencarnando anos depois, e a outra conquistou o título de enfermeira, vivendo, ainda hoje, respeitada e feliz.
(Do livro Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama – Editora Lake)
O Valor da Oração
A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue à obsessão.
Assim é que, nessas fases, a exasperação dela era mais forte.
Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a vários dias de fome.
Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em completo jejum.
À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha desencarnada, que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava.
— Então, a senhora não sabe? – explicou o Chico – tenho passado muita fome…
— Ora, você está reclamando muito, meu filho! – disse Dona Maria João de Deus – menino guloso tem sempre indigestão.
— Mas, hoje bem que eu queria comer alguma coisa…
A mãezinha abraçou-o e recomendou:
— Continue na oração e espere um pouco.
O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso, e, daí a instantes, um grande cão da rua penetrou o quintal.
Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro.
Era um jatobá saboroso…
Chico recolheu, alegre, o pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a mãezinha ao seu lado, acrescentando:
— Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento.
E, despedindo-se da criança, acentuou:
— Como você observa, meu filho, quando oramos com fé viva até um cão pode nos ajudar, em nome de Jesus.
(Do livro Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama – Editora Lake)
Notícias
1) No dia 2 de abril passado, ao cair da noite, foi inaugurada, em concorrida cerimônia, na Praça Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, a escultura de Francisco Cândido Xavier, o querido filho da cidade mineira.
2) Vivaldo da Cunha Borges. A 20 de março de 2014, Vivaldo deixou-nos o convívio. Alma querida de Chico Xavier e de todos nós, sempre foi um grande colaborador da revista Comunicação, com participação na diagramação de dezenas de nossos livros. Missão cumprida, caro amigo!
3) Realizou-se, de 31 de março a 4 de abril passado, a 2ª Semana Espírita Chico Xavier da União Espírita Mineira, com conferências de amigos de Chico Xavier. Louvável iniciativa.
4) A partir de 30 de junho de 2014, o GEEM lança a Campanha contra o Suicídio, oferecendo aos leitores a mensagem de Cornélio Pires recebida por Chico Xavier, intitulada Suicídio. Ajude-nos a divulgá-la, solicitando-a na quantidade desejada, por telefone, email ou carta.
Precisamos mostrar aos irmãos de caminhada, que pensam em destruir a própria vida, que a morte não existe e que o suicídio não soluciona nossos problemas.
Agrava-os e muito!
Nossas Atividades
I – Departamento Editorial Batuíra
Divulgação da vida e obra de Francisco Cândido Xavier
– Livros e Revista Comunicação®
– Centro de Estudos Chico Xavier
– Divulgação Braille Casimiro Cunha
Reuniões Espíritas:
– Centro Espírita Maria João de Deus
São Bernardo do Campo (2ªs e 6ªs às 20h)
Programa No Limiar do Amanhã (sábados às 19 horas)
– Rádio Morada do Sol São Paulo-SP – (AM-1260 khz)
– Rádio Morada do Sol Araraquara-SP – (AM-640khz)
II – Departamento Filantrópico Nosso Lar
Atendimento a famílias e gestantes:
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Telefones: (11) 4109-7960 e (11) 4109-7122
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Diretor: Caio Ramacciotti
Jornalista Responsável: Mário Augusto R. Vilela
Colaboração: Vivaldo da Cunha Borges – in memoriam
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