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Revista Comunicação #225 – Abril 2018 / Junho 2018

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A Palavra de Emmanuel

(O pensamento do mentor espiritual de Chico Xavier a respeito de temas da atualidade: conselhos e ponderações sobre as atribulações de nossos tempos.)

Auxilia enquanto é hoje

Recorda que, um dia, demandarás tam-bém o grande país da morte. Sentirás o frio do túmulo a envolver-te o raciocínio, até que a luz te bafeje o espírito renovado.

Nem por isso, deixarás de ouvir as pala-vras que o verbo humano pronuncie em tua memória e, em plena transformação, recebe-rás o impacto de todos os pensamentos formu-lados na Terra a teu respeito.

Então suspirarás pela benevolência do próximo, para que as tuas boas intenções sejam tomadas em conta no julgamento de teus dias.

Sofrerás no coração a crítica e a male-volência, a mágoa e a acusação com que te envolvam o nome, tanto quanto regozijar-te-ás com as vibrações de carinho e com as preces de amor endereçadas ao teu espírito…

Reflete nessa lição do amanhã inevitável, fazendo-te, agora, mais humano e mais doce, em recordando os mortos, que são mais vivos que tu mesmo, na imortalidade renascente.

Ainda mesmo no comentário em torno daqueles que se arrojaram às trevas, pensa nas boas obras que terão inutilmente desejado praticar durante a permanência no corpo e lembra-te das esperanças que lhes teceram no mundo os primeiros sonhos…

Medita nas lágrimas ocultas que chora-ram sem consolo, nas aflições e remorsos que lhes vergastaram a consciência, mas não te confies à cultura da reprovação e do ódio, destacando-lhes o lado obscuro e amargo da vida…

Procura enxergar o bem que os outros ainda não perceberam, auxilia onde muitos desistiram do perdão, ajuda onde tantos desertaram da caridade e estarás acendendo piedosa luz para teus próprios pés à maneira de lâmpada suave e amiga, com que te erguerás, desde hoje, muito acima da sombra espessa e triste da morte.

 

 

Instrumentos do Tempo, Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – Edição GEEM)

A Cadeira Vazia

A música popular ‘Naquela Mesa’ do compositor Sergio Bittencourt, já falecido, envolve-nos, sem sombra de dúvida, na nostalgia da saudade.

Naquela mesa tá faltando ele,

E a saudade dele tá doendo em mim.

Nós, que já avançamos na idade, vemos nessa canção o retrato do lar que nossos pais construíram. Naquela mesa, primeiro fica vazia uma cadeira, depois outra, e a vida, nas lides do dia a dia, nos empurra para o relativo olvido dessas almas abençoadas que tanto nos doaram de si quando estavam conosco.

Há outras situações em que mais cadeiras vazias surgem aos que vivem na Terra, pela perda de entes queridos. Ricos desses exemplos são nossos livros, psicografados por Chico Xavier, sobre jovens que deixaram este mundo e que, com suas páginas de esperança, atenuam a dor de pais torturados.

Com inquestionáveis revelações, esses entes amados reocupam suas cadeiras, trazen-do de volta a esperança ao recanto doméstico, não obstante a dor da separação.

Trago no pensamento a imagem da mesa de nossa velha sala de jantar, palco de saudo-sas conversas inesquecíveis, agora com três cadeiras vazias: meu pai, minha mãe e… Chico Xavier.

Meus pais criaram, com renúncia e sacrifícios, oito filhos que os veneram. Isso já diz tudo. Do Chico, ressalto que sua existência o tornou unanimidade no conceito geral de que se trata de uma alma do bem, que espalhou rosas e sorrisos por onde passou.

Conheci-o nos idos de 1959, e, desde então, nossos contatos foram razoavelmente frequentes, sem que houvesse oportunidade para uma conversa descontraída, o que passou a ocorrer a partir de 1976, quando efetuamos, meu pai e eu, viagem a Pedro Leopoldo para vê-lo. Chico lá se encontrava em visita a seus familiares.

Bem à vontade, ele mostrou-se muito próximo, dedicando-me especial atenção, descrevendo, lembro-me bem, com naturali-dade e alegria, suas idas ao açude, onde lhe apareceu Emmanuel, em 1931. Chico então narrou-me com ricos detalhes sua viagem à colônia espiritual Nosso Lar e proseou sobre tudo com seu típico sotaque mineiro…

O afeto que me dedicou nesse encontro e nos seguintes, até sua ascensão aos mais altos círculos celestiais, fez-me conhecê-lo por outro diapasão — cujo caloroso vibrato dese-nhou-me uma cadeira vazia, semelhante às cadeiras dos meus pais, no recanto das saudo-sas recordações afetivas.

Não era Chico somente o apóstolo, missionário do bem, mas também o Chico ‘gente’, tão presente em minha vida, que eu podia falar de tudo com o coração aberto.

Por isso, reafirmo: naquela mesa está faltando mais um: meu pai, minha mãe e… Chico Xavier.

Falei até agora da cadeira vazia deixada por almas próximas que tudo foram para mim, ao longo de suas vidas. Mas, há também um espaço vazio que nos solidificou n’alma, para todo o sempre, a plena compreensão da men-sagem do divino galileu: o túmulo de Jesus.

Sabemos que no Sinédrio de Jerusalém havia dois notórios membros que eram discípulos do Mestre: José de Arimateia e Nicodemos.

Nicodemos, após o suplício do Gólgota, colocou mirra e aloés junto ao seu corpo martirizado, e José de Arimateia, ao cair da tarde daquela sexta-feira de uma triste Páscoa, conseguiu de Pôncio Pilatos, à revelia dos que levaram Jesus à cruz, autorização para sepul-tar o amigo querido no túmulo de sua pro-priedade.

Esse túmulo estava cavado em uma rocha próxima do local onde lhe erigiram a cruz, que simboliza ao mesmo tempo o paroxismo da maldade humana e o divino exemplo do sublime crucificado.

O que aconteceu após sepultarem o corpo do Nazareno?

Para surpresa das mulheres que o visi-taram no terceiro dia da Páscoa, o túmulo estava vazio, o que me remete, no campo afetivo, às cadeiras vazias em que se sen-taram meus queridos pais e Chico Xavier!

Os quatro evangelistas, cada qual a seu modo, relatam o surpreendente fato ocorrido:

Mateus narra que um anjo do céu removeu a pesada pedra que fechava a sepultura, assentou-se sobre ela e disse às dedicadas mulheres que foram visitar Jesus em seu túmulo:

Não temais, porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, ressuscitou

Marcos inicia o seu relato já com o túmulo vazio e comenta que Madalena, Maria Cleofas, mãe de Tiago Menor, e Salomé, mãe de Tiago Maior e de João, ao chegarem para embalsamar o corpo de Jesus, viram que a sepultura estava aberta e, em lugar do Cristo, se encontrava um jovem vestido de branco, que as tranquilizou, dizendo:

Não vos atemorizeis; buscai a Jesus, o Nazareno que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui.

Lucas acrescenta Joana de Cusa às mu-lheres e descreve o episódio de modo seme-lhante a Marcos, referindo-se, contudo, a dois varões com vestes resplandecentes.

Em Os atos dos apóstolos, Lucas volta a falar da ressurreição de Jesus, com alguns acréscimos à contida narração que recolhemos no seu Evangelho. Recordemos que a autoria dos atos lhe é atribuída por Renan, respeitado estudioso dos evangelhos.

Já o depoimento insuspeito de João, o apóstolo dileto que presenciou a tudo desde a crucificação, nos traz um relato belo e ines-quecível:

Maria Madalena permanecia junto ao túmulo vazio chorando, e, abaixando-se para olhar dentro dele, dois anjos lhe perguntaram:

Mulher, por que choras?

Madalena lhe respondeu:

Porque levaram o meu Senhor!

Em seguida, voltando o olhar para fora do túmulo, ela vê um homem, que supõe ser o jardineiro, e lhe pergunta:

— Se foste tu que o tiraste, dize-me onde ele está.

Ao que ele responde, na inolvidável entonação de voz com que a chamava, antes da crucificação:

Maria!

Surpresa, ao reconhecer a voz serena que tanto lhe falava ao coração, ela exclama:

— Mestre!

E, em desabalada carreira, sufocando lágrimas que lhe molhavam o belo rosto, já algo envelhecido pelo vigor com que aderira ao chamado de seu divino amigo, a dama de Magdala, atendendo à solicitação de Jesus renascido, busca nas cercanias de Jerusalém seus amigos de apostolado.

Bate à porta da humilde casa, trancada pelo temor dos discípulos de novas investidas da guarda do Sinédrio, e lhes comunica, aos gritos incontidos, qual se falasse para todo o mundo ouvir:

— Pedro, João, Tomé, eu vi o Senhor! Ele não morreu. Está, sim, nos jardins vizinhos ao túmulo em que Arimateia acomodou-lhe o corpo tão ferido!

No dia seguinte à ressurreição, uma segunda-feira, Jesus visita os discípulos. Torna a revê-los ainda duas vezes, sendo a última no mar da Galileia, 40 dias após surgir a Madalena, quando, então, deles se despede e ascende aos Céus.

A cadeira e o túmulo vazio nos trazem, em essência, mensagem semelhante à do Cristo ressuscitado.

Jesus explicou aos discípulos, prin-cipiando pelas abnegadas mulheres, que o túmulo vazio não significava morte, e sim a porta da ressurreição. Voltou, materializado, testemunhando que continuava junto deles.

Mesmo nas atitudes mais comezinhas, com sua singular simplicidade, nosso Mestre esteve presente, qual aconteceu naquela ma-drugada de primavera, no lago de Genesaré, prestes a regressar à Vida Maior, apontando o local adequado para a pesca aos simples pes-cadores que lhe foram fiéis.

É oportuno lembrar que o humilde carpinteiro de Nazaré, nas décadas e séculos seguintes, acompanhou os milhares de cris-tãos que foram imolados nos circos romanos, vítimas da insânia de imperadores, sobretudo Nero, Domiciano, Marco Aurélio e Diocle-ciano.

Inúmeros desses alentados espíritos de luz, destroçados pelas feras no Circo Máximo, em Roma, ou amarrados a cruzes ou postes em sua proximidade, entoando canções celestiais, receberam a visita do Senhor, que os amparou naqueles instantes de dor inenarrável.

O inolvidável Mestre, com sua mensa-gem de paz e esperança, também sempre estará conosco, orientando-nos, inspirando e plantando, nos mais profundos escaninhos de nossos corações, o amor e a caridade, para que a paz e a concórdia nos acompanhem ao longo da peregrinação terrena.

Igualmente, nossos pais, outros entes queridos e o Chico também não deixaram a cadeira vazia.

Muitos de nós não podemos vê-los pela insuficiência da visão espiritual, que ainda não cultivamos. Mas, estão conosco, não ape-nas em nossas preces, ou quando lhes solici-tamos a presença, mas em todos os mo-mentos da caminhada, mormente quando as sendas que percorremos se nos mostram turbulentas.

Jesus os ilumine e abençoe.

Caio Ramacciotti/GEEM

Em 2 de abril de 2018.

Tendes e Tereis

Tendes problemas?

― Auxiliai a resolver os problemas alheios, sem o ácido de reprovação e censura, e tereis o concurso dos outros na supressão de vossas dificuldades.

Tendes lágrimas a vos subirem do cora-ção para os olhos?

― Enxugai o pranto de vossos irmãos em lutas e provações mais árduas, sem agravar-lhes o sofrimento com lamentação e amargu-ra, e tereis a cooperação dos outros, para que se vos estanquem as lágrimas do caminho.

Tendes necessidades materiais?

― Cooperai no socorro à penúria que invade os lares mais flagelados que os vossos, através do trabalho sem reclamação e sem paga, e tereis o amparo positivo dos outros, a fim de que novas bênçãos de apoio vos visitem o ambiente particular.

Tendes angústia e solidão?

― Colaborai para que a vossa bondade e entendimento funcionem em benefício dos que suportam aflição e tristeza mais ásperas do que as vossas, sem aumentar a pena regenerativa dos nossos irmãos em duras lides expiatórias, e a companhia, tanto quanto a esperança dos outros, virá sanar-vos as chagas íntimas.

Trabalhar em favor do próximo é a terapêutica mais adequada para a cessação de todos os desajustes do espírito.

A vida, meus amigos, é troca incessante. Dai e dar-se-vos-á, recomendou-nos Jesus.

Doemos de nós o que sejamos e tenha-mos na obra do auxílio aos outros, e o auxílio dos outros nunca se fará tardar para nós.

Batuíra

(Recados da Vida, Francisco Cândido Xavier/Espíritos Diversos)

Edição GEEM

Notícias

1)GEEM e as doações às bibliotecas públicas do país! Continua a nossa campanha. Até o fim de março de 2018, já enviamos coleções de 50 títulos de Chico Xavier a 1400 bibliotecas públicas do Brasil. Persistimos em nosso objetivo de colocar à disposição de todos as obras que o médium nos doou com esse mister. São páginas de luz que semeiam esperança no mundo de atribulações em que vivemos.

2)Em 6 de janeiro passado, A Gênese, obra básica da codificação, completou 150 anos. A primeira edição da Revista Espírita, sob a responsabilidade de Kardec, completou 160 anos, em janeiro de 2018. Mais informações no Google, nas “Notícias do Movimento Espírita”, de Ismael Gobbo, em suas edições deste início de ano.

3)O Conselho Espírita Internacional, fundado em Madri, Espanha, em 1992, já conta com 36 entidades coligadas, de 36 países, segundo recente atualização da Wikipedia-Google, de 18 de dezembro de 2017.

4)O GEEM prossegue divulgando, no limite de suas possibilidades, a vida e obra de Chico Xavier. São, até o momento, 94 títulos impressos até 28 de fevereiro de 2018, totalizando mais de três milhões e cento e cinquenta mil exemplares.

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I – Departamento Editorial Batuíra

Divulgação da vida e obra de Francisco Cândido Xavier
– Livros e Revista Comunicação®
– Centro de Estudos Chico Xavier
– Divulgação Braille Casimiro Cunha

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– Centro Espírita Maria João de Deus
São Bernardo do Campo (2ªs e 6ªs às 20h)

Programa No Limiar do Amanhã (sábados às 19 horas)
– Rádio Morada do Sol São Paulo-SP – (AM-1260 khz)
– Rádio Morada do Sol Araraquara-SP – (AM-640khz)

II – Departamento Filantrópico Nosso Lar

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Colaboração: Vivaldo da Cunha Borges – in memoriam

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