A Palavra de Emmanuel
(O pensamento do mentor espiritual de Chico Xavier a respeito de temas da atualidade: conselhos e ponderações sobre as atribulações de nossos tempos)
Atualidade e Nós
Contemplarás o mundo sob o impacto do progresso, observando que, no bojo da tempestade, surge a presença do trabalho renovador.
Enquanto a ventania da transformação sopra, furiosamente, sobre a nave terrestre, alterando-lhe os rumos, guardarás lealdade à fé no Supremo Poder que lhe assinala os destinos.
Muitos viajores – nossos irmãos – amedrontados diante da tormenta, perguntam por Deus, ao passo que outros se rendem à descrença, tentando aniquilar o tempo na embriaguez dos sentidos, como se o tempo pudesse acabar. Outros se recolhem à tristeza e ao desânimo, desistindo da luta construtiva a que foram chamados. E outros ainda derivam para a fuga, acelerando os próprios passos na direção da morte, qual se a morte não fosse a própria vida em si.
A nenhum deles reprovarás.
Cada um de nós vive nas dimensões do entendimento em que se nos caracteriza o modo de ser. E, na altura da visão espiritual a que a luz da verdade já te guindou, podes ser a compreensão de todos e o apoio fraternal para cada um.
Reconhecerás que a Universidade habilita o raciocínio para as glórias do cérebro, mas tão somente a escola da vida prepara o sentimento para as conquistas do coração.
Por isso mesmo, honorificarás a Ciência sem menosprezo à consciência; estimarás a liberdade sem descurar da disciplina; entesourarás conhecimento cultivando bondade; e situar-te-ás nas frentes da cultura, socorrendo, porém, quanto possível, as retaguardas do sofrimento.
Serás, enfim, o companheiro fiel do Cristo, a quem aceitamos por Mestre. E, na certeza de que Ele, o Senhor, está conosco hoje, tanto quanto esteve ontem e tanto quanto está agora e estará para sempre, marcharemos juntos, a ouvir-Lhe, em qualquer circunstância, o apelo inesquecível: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Chico Xavier Pede Licença
F.C.Xavier/J.H.Pires/Espíritos Diversos
Edição GEEM
Noite de Natal
Não olvides que o Natal é uma festa do Céu para a noite da Terra.
A estrela de Belém brilhando além das nuvens… Vozes angelicais rompendo as trevas…
E um berço, na manjedoura invadida de sombra em que o Rei da Luz começou o Apostolado Divino, entregando a Boa Nova de Eterna Alegria aos pastores de vida singela, que O afagavam, com mãos calejadas e trêmulas…
É por isso que a tua Noite de Natal está povoada de júbilos santos. Quase sempre, a doce comunhão com aqueles que mais amas…
A árvore simbólica, adornada por dádivas de carinho…
O doce calor do lar, defendendo-te contra a ventania que reina lá fora…
O bolo festivo…
Os cânticos e as orações que te recordam a chegada do Redentor…
Entretanto, lembra-te de Jesus e não te detenhas!
Vives a tua hora de beleza, qual se respirasses num dia maravilhoso de regozijo e esperança, mas não te esqueças de que milhões de almas choram, anônimas, no agoniado nevoeiro do sofrimento.
São criancinhas esfomeadas, mães desfalecentes que a dor aprisiona em garras mortíferas, enfermos cansados de abandono e velhinhos torturados pela sede de afeto, a soluçarem de frio!…
Pela memória do Celeste Renovador, que dizes amar, desce do trono doméstico para o vale dos que vagueiam sem rumo e estende-lhes mãos amigas.
Deixa que o anjo da caridade te guie os passos e oferece algo de tua mesa e de tua fé aos filhos da aflição e sentirás que o orvalho de tua alegria será precioso bálsamo sobre as lágrimas que encharcam os corações perdidos no infortúnio…
Recorda que o Divino Soberano escolheu a noite para clima revelador de Sua grandeza…
Desce, pois, com a tua lâmpada, à sombra de quantos se debatem entre as chagas da ignorância e da miséria e, ajudando os que padecem, estarás, junto dEle, a exaltar-Lhe a mensagem de amor e luz.
Meimei
Os Dois Maiores Amores
Francisco Cândido Xavier/Espíritos Diversos
Edição GEEM
Saudosos Encontros
Num domingo de primavera, pela manhã, durante caminhada pelas ruas de Moema, em São Paulo, chamou-me a atenção um florido jacarandá, com sua copa forrada de flores azuis.
Nossa capital é rica em jacarandás, cujas flores se alternam com as flores vermelhas do flamboyant e com as fugazes flores brancas, amarelas, rosas e roxas do ipê, que, tão logo florescem, caem forrando as calçadas.
Regalos da natureza, um presente de Deus!
Meditando sobre a beleza dessas flores azuis, que me premiavam com aprazível sombra, voltei no tempo, décadas passadas, recordando aquele pé de primavera, de um exuberante vermelho arroxeado, que enfeitava o muro da casa de Chico Xavier em Uberaba.
Quando o visitava, às despedidas, ele me acompanhava até o portão, e, sob a primavera em flor, ainda conversávamos longamente.
A despeito de alegre, as situações dolorosas o faziam sofrer.
Lembro-me de que, quando lhe mostrava para revisão o texto decorrente das entrevistas que constam do livro Somos Seis, enquanto corrigia meus escritos, Chico tecia comentários sobre cada um dos seis jovens autores espirituais e suas famílias: o Tato, o Wadyzinho, a Wolquimar, o Jair, o Augusto e o Wilson.
As lágrimas lhe caíam pelo rosto e borravam as páginas que eu escrevera.
Observou que o Sr. Wady adormecia no túmulo do filho querido, enquanto esposa e filha o imaginavam em sua empresa de Sumaré, na região de Campinas.
A vida naquela casa da Avenida Álvaro Ramos – Água Rasa era para todos uma tristeza continuada. O tempo como que estacara, e às libélulas de outrora sucediam lagartas que contemplavam aflitas o relógio estático, segundo nos descreve Humberto de Campos, no paroxismo de seu sofrimento, pouco antes de desencarnar.1
O Sr. Abrahão abandonara praticamente as atividades na sua indústria e, desconsolado, fazia pouso constante no túmulo do filho, no Cemitério da 4ª Parada, o que também fazia durante o dia com a esposa, que o aguardava enquanto ele se deitava no jazigo do Wadyzinho.
À noite, com frequência, justificando que iria até Sumaré para supervisionar a fábrica de tecidos ali situada, deixava o lar às 19 horas e buscava o cemitério, onde, ludibriando o vigia, repetia a lúgubre operação: retirava a pedra de cobertura, penetrava no jazigo e se deitava na gaveta vazia contígua à do filho. Assim permanecia madrugada adentro, fazendo companhia ao Wadyzinho, temendo que ele tivesse medo de dormir sozinho naquela lápide fria…
Seis meses após a partida do Wadyzinho, a família foi até Uberaba em busca de uma mensagem do filho. Anônimos, ficaram numa longa fila à espera de sua vez para falarem com Chico.
Súbito, Chico começa a falar em voz alta: ― Axima, Axima, Axima!!!
Axima e os familiares se aproximaram do Chico, adiantando-se na fila, e D. Jandira disse-lhe: ― Sr. Francisco, Axima é minha filha. Viemos aqui porque perdi meu filho, ao que Chico ponderou:
Não, a senhora não perdeu o filho. Seu filho é um apóstolo de Jesus.
Nada mais falou, além de convidá-los para a reunião mediúnica da manhã seguinte.
E, nessa manhã, 24 de novembro de 1973, a família se completava com a volta do filho querido, que escreveu pelas mãos de Francisco Cândido Xavier bela mensagem de reencontro.
Hoje, vemos a santificação merecida de pessoas que se dedicaram aos semelhantes e fizeram curas milagrosas. Chico assim também procedeu dos cinco aos 92 anos.
Sobretudo a partir de 1970, recebeu inumeráveis mensagens de filhos e familiares que partiram da Terra, voltando para consolar os entes queridos que aqui remanesciam.
Também efetuou curas, entre as quais destacamos a do Carmelo Grisi, conhecido benfeitor espírita de Rio Preto e Votuporanga no interior paulista.2
Salvou vidas, como a do menino que caiu em um poço, durante a costumeira peregrinação que Chico fazia pela periferia de Uberaba. Romeu Grisi descreve com minudências o ocorrido em seu livro editado pelo GEEM.3
Passou a longa existência fazendo o bem. O reconhecimento de sua bondade está guardado no coração dos que o conheceram e das criaturas a quem ele devolveu a paz perdida e a alegria de viver.
Dos seus 18 livros de que participei, recordo-me das correções que ele fazia, com sutileza de detalhes:
— Olhe, esta palavra teve ao longo do tempo seu sentido alterado, não a use. Em outra oportunidade, dizia: convém trocar esse vocábulo porque choca as pessoas. E assim por diante…
O tempo passou, e, quando escrevo algum texto, fico a perguntar-lhe sobre as correções necessárias. Não consigo mais sua resposta. A sua caneta esferográfica não mais risca ou modifica frases e palavras. Mas o que fazer?
Pessoas da estirpe moral de Chico Xavier jamais são esquecidas.
Alenta-nos a certeza de sua presença entre nós, tanto nas noites escuras, prenunciando assustadoras borrascas, quanto nas abóbodas límpidas e serenas, de céu claro cravejado de astros alvinitentes.
1 Jovens no Além e Somos Seis – Francisco Cândido Xavier e os jovens citados. Edição GEEM.
2 Lagartas e Libélulas – Humberto de Campos – 4ª Edição – 1939 – Livraria José Olímpio Editora.
3 Inesquecível Chico – Romeu Grisi e Gerson Sestini. Edição GEEM.
Bom Dia com Chico Xavier
Desde julho passado, o GEEM passou a compartilhar, pelo Whatsapp e Instagram, joias valiosas de Chico Xavier: pequenas mensagens que consolam, esclarecem, nos falam de Jesus e nos alentam nas lutas do dia a dia. Reproduzimos a seguir a primeira delas, que nos legou o saudoso amigo e benfeitor.
A revista Comunicação, editada trimestralmente, também está disponível em nosso site (www.geem.org.br), em formato on-line e digital.
PANDEMIA!
2020 foi marcado pela pandemia da Covid 19. Milhões de vidas foram ceifadas no mundo todo e nosso país não ficou isento de situação tão dolorosa.
Às famílias enlutadas, aos heróis que se destacaram, e ainda se destacam, na luta incessante para o combate ao vírus, em todas as áreas envolvidas na defesa da saúde, nosso respeito à dor que enfrentam. Atuam quais verdadeiros apóstolos de Jesus em luta tão difícil.
Rogamos ao nosso Mestre e Senhor que proporcione paz à Humanidade na esperança de dias mais serenos para 2021.
Momento histórico!
– Nos dias 22 e 23 de agosto passado, domingo e segunda-feira, em homenagem aos 110 anos de nascimento de Francisco Cândido Xavier, ocorreu o mega evento espírita, dedicado ao querido médium, com palestras, bate-papo e música, com convidados especiais. Além da participação de cantores conhecidos, houve exposições de estudiosos de sua obra, relatando abordagens de Chico sobre os temas: Evangelho, Literatura, o Consolador, Cinema, Psicografia, Mediunidade, Emmanuel e Ecologia. O evento foi apresentado ao vivo pelo Youtube, Facebook, Instagram, Rede Amigo Espírita TV e pelo Twitter.
– Também em reverência a Chico Xavier, O GEEM oferece em cortesia o livro Páginas de Gratidão, recém-lançado, aos cem primeiros leitores ou ouvintes do programa No Limiar do Amanhã, que se comunicarem conosco por Whatsapp (11) 99896-2519, site ou e-mail.
Conheça Nossas Atividades
I – Departamento Editorial Batuíra
– Vida e obra de Francisco Cândido Xavier
– Edição de livros e da revista Comunicação®
– Centro de Estudos Chico Xavier
– Divulgação Braille Casimiro Cunha
Reuniões Espíritas:
Centro Espírita Maria João de Deus
São Bernardo do Campo (segunda-feira às 20h e sábados às 16h)
Programa No Limiar do Amanhã
(sábados às 19 horas)
Rádio Morada do Sol – São Paulo – SP
(AM-1260 kHz)
Rádio Morada do Sol – Araraquara – SP
(AM-640kHz)
(ouça-o também em nosso site)
II – Departamento Filantrópico Nosso Lar
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Colaboração: Vivaldo da Cunha Borges – in memoriam
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