A Palavra de Emmanuel
Culto Cristão no Lar
O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação.
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A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes.
A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
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Quando o ensinamento do Mestre vibra entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, em benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a senha de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
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Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana em todas as circunstâncias.
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Não olvidemos os impositivos da aplicação com o Cristo no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor.
Porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
Livro Instrumentos do Tempo – GEEM
Crônica de uma Grande Alma
A mitologia grega nos traz histórias de excelente potencial interpretativo, e muitas dessas narrativas se perpetuaram no tempo infinito.
É o caso de Hele que fugiu da madrasta com o irmão Frixo nas costas de um velocino, cuja pele era de ouro. Acabou caindo e afogou-se nas águas
do mar, quando começaram a sobrevoar a Ásia Menor. Aquele local passou a ser chamado Helesponto, hoje denominado estreito de Dardanelos, que separa o mar Egeu do mar de Mármara.
Você, leitor, perguntaria:
— O que isso tem a ver com a nossa doutrina espírita?
Muito a ver.
A obra de Kardec, exemplificada por Chico Xavier, nos oferece ensinos mitológicos de elevada importância.
Os seres da mitologia grega, tementes a Zeus e seus deuses, procuravam a qualquer custo compreender o significado da morte, e o Espiritismo nos ensina que a morte não existe.
Passamos desta vida para a vida espiritual, de onde rumamos para novas existências na Terra ou em outras plagas, qual ocorreu com alguns dos exilados de Capela, que voltaram ao seu mundo após existências de prova em nosso planeta.
O brilho encantador da estrela Capela pode ser admirado nas noites de verão na Via Láctea, mais ao norte, que se sobrepõe, com seu brilho inconfundível, às outras estrelas da constelação de Cocheiro.
De todas as formas, buscavam os seres mitológicos também entender as provas decorrentes de erros que cometeram, sendo um exemplo típico o caso de Sísifo, que prometeu a Hades retornar à sua prisão do inferno depois de sepultar a esposa, mas não cumpriu a promessa.
Não voltou ao reino de Hades e foi punido eternamente com a pena de levantar uma pedra até o cimo de um monte, e, quando ela descesse, deveria repetir infinitamente a operação…
O Espiritismo nos mostra que nosso remorso gera a obrigação de repararmos faltas cometidas, à semelhança da lei do talião, atenuada, por vezes, pela misericórdia Divina.
E iríamos além com outros exemplos claros, referentes à lei da ação e reação.
Quem entre nós muito sofreu, por missão e não provas, foi Francisco Cândido Xavier. Suas ações sempre foram corretas e adequadas, mas as
reações dos interlocutores muitas vezes o incomodaram. Lembra-se o leitor do que ocorreu após a visita de um jornalista, acompanhado do cinegrafista da revista que representavam?
Na década de 1940, David Nasser e Jean Manzon colocaram reportagens e fotos depreciativas a respeito de nosso saudoso Chico na revista Cruzeiro, mas foram surpreendidos pelas dedicatórias no livro que o médium lhes ofereceu.
Emmanuel citou o nome correto de cada um, posto que utilizassem nomes falsos. Ambos ficaram abalados, mas quem sofreu com a reportagem descabida foi o Chico.
O mesmo ocorreu com o “Caso Humberto de Campos” também nos idos de 1940. Suas mensagens psicografadas foram reunidas em livros lançados pela FEB. A esposa do escritor entrou com ação judicial contra Chico e a editora. Perdeu-a, pois a autoridade judicial declarou que as leis terrenas não permitem o julgamento de almas do
Além…
Foram dias atribulados, mas restou um consolo a Chico: durante toda a duração do processo, a mãe de Humberto de Campos, Ana de Campos
Veras defendeu o saudoso médium. Anos antes, já havia dedicado a ele um exemplar de Brasil Coração do Mundo Pátria do Evangelho, com tocante
dedicatória.
Reconheceu, desde o lançamento do primeiro livro de Humberto de Campos, psicografado pelo Chico, que as páginas recebidas eram mesmo
de seu querido filho. Esse exemplar, o GEEM guarda com carinho. No final de nosso texto, colocamos a atenciosa dedicatória da genitora do celebrado escritor.
A doutrina espírita nos ensina que toda ação gera a reação correspondente, como observamos no “Caso Humberto de Campos”, mas, se nos mantivermos ligados à mensagem de Jesus, que exorna a obra de Kardec e a rica produção mediúnica de Chico Xavier, nossos benfeitores nos ensinarão o caminho da paz e do entendimento.
Oremos e vigiemos para que a tentação não nos visite. Sigamos o exemplo de Chico Xavier, o apóstolo que nosso Mestre enviou-nos para melhor
compreensão de suas lições.
Ensinos esses testemunhados por multidões que O ouviam às margens do Jordão, envolvidas na atmosfera impregnada de suave perfume que as
palavras do Senhor de nossas vidas irradiavam.
Nas décadas de 1960 e 1970, com imenso sacrifício, Chico esteve presente na imprensa escrita, falada e nos veículos televisivos. A mensagem eterna que o Mestre nos deixou foi a essência de suas memoráveis participações.
Por onde anda essa alma que tanto nos ensinou?
Certamente, sob as bênçãos de Jesus, continua visitando os lares onde a dor da perda de entes queridos deixou um traço de amargura que o Chico sempre procurou atenuar com seu sorriso e suas palavras que lhe vinham do recôndido de sua alma abençoada por Deus.
Caio Ramacciotti
Pessoas Queridas
Claro que já compreendes que a pessoa querida é um mundo a parte, muitas vezes, com sentimentos e raciocínios muito diversos dos teus.
Entendamos a situação de cada individualidade, dentro do contexto de necessidades e provas de que se faça portadora, e respeitemo-la na problemática que apresente.
Incentivemos os familiares queridos a fazerem o melhor de si mesmos, sem, no entanto, desconsiderar-lhes a vocação para as tarefas mais simples.
Atendamos ao imperativo do diálogo construtivo em que as nossas sugestões de melhoria possam ser plenamente enunciadas.
Se os nossos roteiros mais nobres não forem atendidos, desde que estejamos tratando com criaturas a quem as leis humanas já conferiram os direitos da maioridade, seria violência de nossa parte encarcerá-las em nossos pontos de vista.
Planejamos a ventura conjugal para nossos filhos enquanto na Terra, entretanto, na hipótese de haverem nascido para uniões de resgate difícil,
seria perigoso compeli-los à fuga do caminho a percorrer.
Estimaríamos honorificar descendentes ama-dos com os títulos acadêmicos do mais alto porte, todavia muitos terão vindo até nós, quando no Plano Físico, para os mais rudes encargos, cabendo-nos respeitá-los.
Se almas queridas jazem caídas no erro, quando terão vindo ao mundo com a promessa de superar induções à queda, não as reprovemos ou condenemos de modo algum, e sim saibamos deixar-lhes o caminho livre, tanto quanto possível, para fazerem da vida, que lhes é própria, o que melhor lhes pareça.
Não obrigues ninguém a viver conforme os teus padrões de comportamento, de vez que não suportarias imposições alheias em teu modo de ser.
Em suma: conserva serenidade ante as escolhas do próximo e vive a própria vida, deixando aos outros a liberdade de viver a existência que Deus lhes concedeu.
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
Livro Calma – GEEM
O DESAFIO
Por estas e outras – pelo equilíbrio e coerência entre discurso e prática – hoje defino Chico, a quem chamo de “o sábio mineiro”, como uma combinação muito bem equilibrada de monge budista e filósofo estoico. Um mestre no exercício da paciência e da disciplina, sempre atento aos próprios pensamentos, sentimentos e ações, em processo permanente de autoconhecimento e autodesenvolvimento.
E é com esta frase dele – um desafio para todos nós – que encerro este texto:
— Dou a qualquer um o direito de ser como é, mas dou a mim mesmo o dever de ser a cada dia melhor.
Se cada um de nós fizer a nossa parte (como o pássaro de ‘asas de gotas d’água), ajuda-remos – e muito – a por de pé um ‘ismo’ pelo qual vale muito a pena lutar: o humanismo, que move pessoas únicas, de corações sem limites, como Chico Xavier.
De gota em gota, a gente faz chover.
Marcel Souto Maior
30 de maio de 2022
Marcel Souto Maior é jornalista, escritor e roteirista, autor de livros como Por trás do véu de Ísis, As lições de Chico Xavier e dos best-sellers adaptados para o cinema: As vidas de Chico Xavier e Kardec, a biografia.
(Texto publicado no Correio Fraterno do ABC de São Bernardo do Campo)
Os cães têm sentimento?
O que Chico falou de seu cão Lorde.
Era diferente de outros cães. Possuía até dons mediúnicos. Conhecia, nas pessoas que visitavam seus donos, quais os bem intencionados e quais os curiosos e aproveitadores. Dava logo sinal, latindo insistentemente ou mudamente balançando a cauda à chegada de alguém, dizendo nesse sinal se a visita vinha para o bem ou para o mal…
Chico contou-me lindos casos sobre seu saudoso cão. Depois, tristemente acrescentou: senti-lhe muito a morte. Fez-me grande falta. Era meu inseparável companheiro de oração. Toda manhã e à noite, em determinada hora, dirigia-me ao quarto para orar.
Lorde chegava logo em seguida. Punha as patas sobre a cama, abaixava a cabeça e ficava assim em atitude de recolhimento, orando comigo.
Quando eu acabava a oração, ele também a acabava e ia deitar-se a um canto do quarto. Em minhas preces mais sentidas, Lorde levantava a cabeça e enviava-me seus olhares meigos e compreensivos, às vezes cheios de lágrimas, como a dizer que me conhecia o íntimo, ligando-se a meu coração.
(Ramiro Gama, Lindos Casos de Chico Xavier – Lake)
Notícias
1) Promoção de livros 2023!
O GEEM inicia o ano com a oferta gratuita, aos 100 primeiros pedidos que chegarem até 31 de janeiro, dos seguintes livros de Chico Xavier de autoria
espiritual de Emmanuel:
1) Calma
2) Urgência
3) Semeador em Tempos Novos
4) Reconforto
5) Bênção de Paz
6) Confia e Segue
7) Instrumentos do Tempo
2) 10º Congresso Espírita Mundial 2022
Sob a Coordenação da Federação Espírita Portuguesa, realizou-se o referido congresso nos dias 14, 15 e 16 de Outubro de 2022, tendo como tema “A
Reforma Íntima”. Foi transmitido gratuitamente para todo o mundo nos canais filiados do YouTube em várias línguas: Inglês, Francês, Português e
Espanhol, com palestras e mesas redondas.
3) Espiritismo no Mundo
No Exterior, a doutrina tem pouca expressão, afora o envolvimento dos países de língua portuguesa e espanhola.
Para se ter ideia, na cidade de Franca, Estado de São Paulo, há em torno de 100 centros espíritas, número maior do que ocorre nos Estados Unidos
(73), Inglaterra (20) e semelhante às entidades espíritas de Portugal (120).
Orgulhamo-nos de o Brasil ser o maior país espírita do mundo. Em estimativa pessoal, pois os censos não são adequados em sua avaliação, cremos que entre 5 e 10 milhões de brasileiros são espíritas, e o número de simpatizantes chega a 30 milhões.
É nossa doutrina insuperável na consolação de sofrimentos, na atenuação do desespero e na prevenção do suicídio.
Por uma simples razão:
Aprendemos que a morte não existe e que retornamos à Terra para o adequado aperfeiçoamento moral que Jesus nos ensinou.
Nossas Atividade
I – Departamento Editorial Batuíra
– Vida e obra de Francisco Cândido Xavier
– Edição de livros e da revista Comunicação®
– Centro de Estudos Chico Xavier
– Divulgação Braille Casimiro Cunha
Reuniões Espíritas:
Centro Espírita Maria João de Deus
São Bernardo do Campo (segunda-feira às 20h e sábados às 16h)
Programa No Limiar do Amanhã
(sábados às 19 horas)
Rádio Morada do Sol – São Paulo – SP
(AM-1260 kHz)
Rádio Morada do Sol – Araraquara – SP
(AM-640kHz)
(ouça-o também em nosso site)
II – Departamento Filantrópico Nosso Lar
Atendimento a famílias e gestantes:
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Tiragem: 25.000 exemplares
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Caixa Postal 70
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Diretor: Caio Ramacciotti
Jornalista Responsável: Mário Augusto R. Vilela
Colaboração: Vivaldo da Cunha Borges – in memoriam
COMUNICAÇÃO®
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