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A Palavra de Emmanuel
Paz e Amor
Lembra os que passaram no mundo, antes de ti, agindo e auxiliando para que a vida se fizesse melhor. Por outro lado, reflitamos que não restam senão cinzas daqueles outros que instalaram ódio e vingança em si mesmos, perseguindo os próprios irmãos…
Esses transitaram nos caminhos terres-tres disseminando viuvez e orfandade.
Vestiram-se muitas vezes de ouro e púrpura, assinalando, porém, a retaguarda com as marcas infelizes do luto e da opressão.
Foram considerados vencedores e, no entanto, desapareceram, largando penúria e morte nos próprios passos.
Aqueles, porém, que te legaram o re-canto acolhedor em que estagias no mundo, caminharam sofrendo e abençoando, descul-pando e servindo.
Considera tudo aquilo que possuis de bom e belo na própria alma e reconhecerás que as ideias mais elevadas te surgem da mente à maneira de fontes inspiradoras, jor-rando diretrizes através das memórias que te deixaram, semelhantes a mosaicos de luz…
Aqui, é a dedicação dos pais, orien-tando-te os dias primeiros; ali, é a tolerância dos benfeitores que te apoiaram na escola; adiante, é o coração amigo que te deu a bênção do afeto por mensagem de segurança; mais adiante, é o amor de alguém que partiu para a Vida Maior, hipotecando-te confiança e carinho; e, às vezes, mais além, é uma cri-ança que te entregou o berço vazio, depois de pousar contigo por algum tempo, a doar-te, em beijos de ternura, os anseios da Vida Imperecível.
Não te aflijas pela obtenção de tarefas enormes. Agradece a todos os que te propor-cionaram os testemunhos de paz e amor com que sonhas entretecer o futuro melhor e não esmoreças no trabalho de elevar e construir.
O Senhor não nos roga o impossível, mas espera sejamos, ainda hoje, a frase que re-conforta, o silêncio que compreende, o abraço fraterno que levanta a coragem dos tristes ou o apoio dos que vagueiam ao desamparo.
Efetivamente, são ainda muito grandes as labaredas de inquietação que varrem a Terra. Observa, no entanto, que ninguém te reclama prodígios capazes de redimir o mundo de um instante para outro.
E nem Deus nos pede espetáculos de grandeza. Onde estiveres, estende o tijolo do amor que possas oferecer ao edifício da paz e, a fim de extinguir o incêndio das aflições hu-manas, dá teu copo de água fria.
Emmanuel
(Astronautas do Além, F.C.Xavier/J. Herculano Pires
Espíritos Diversos — GEEM)
A morte de Hércules e o Senador Publius Lentulus
Tudo acontecia num passe de mágica na mitologia grega, fruto da imaginação de seu criador Homero.
Hércules foi um claro exemplo de que as coisas ocorriam ao sabor das decisões de Zeus e seus deuses. Influenciado pela deusa Hera matou a esposa Alcmene e três filhos. Para redimir-se foi ao Oráculo de Delfos que o orientou a procurar Euristeu, o rei de Micenas, cidade importante do Peloponeso.
Euristeu determinou a Hércules os famosos doze trabalhos, entre os quais a impossível missão de derrotar a Hidra de Lerna com suas sete cabeças que renasciam após serem decepadas.
Concretizou todos os doze trabalhos, sendo o último o de vencer o cão Cérbero com suas três cabeças e levá-lo a Euristeu, após o que seria perdoado.
Com o passar do tempo, já distante dos doze trabalhos, Hércules casou-se com Dejanira e viveu em paz.
Com o suicídio da segunda esposa, resolveu atear fogo em suas vestes, vindo a falecer. Mas, prevaleceu sua ‘porção divina’, pois era filho de Zeus com uma mortal, sendo recebido no Olimpo e transformado em um dos deuses. Como consequência, sua existência passaria a ser eterna.
Curiosa essa história, mas sua feição espiritual nos remete a Kardec e à codificação espírita.
Qual o valente Hércules, somos também imortais. Nosso corpo é levado à terra sem ser queimado pelas chamas que destruiu o corpo de Hércules. Mas o espírito ascende a outros planos de Vida.
Hércules teve uma única encarnação, mas, nós temos múltiplas, e a nossa depuração nada tem a ver com a fragilidade do corpo físico, seja ele incinerado ou sepultado.
E, sim, com o aprimoramento do espírito, imortais que somos!
Vamos citar um exemplo que nos mostra haver semelhança entre os sonhos mitológicos e a realidade do que ocorre conosco: A vida de Publius Lentulus!
Viveu na Roma Antiga com a força de um Hércules. Morreu também queimado qual o filho bastardo de Zeus, sendo seu corpo consumido pela lama efervescente que chegava a Pompeia pela erupção do Vesúvio.
Em muitas outras existências deixou o corpo na Terra, e a cada vivência chegava mais enobrecido na Vida Maior.
Não enfrentou Cérbero, nem a Hidra de Lerna, e não matou o leão da Nemésia, mas teve também seus hercúleos doze trabalhos.
Após ser soterrado em Pompeia, no distante ano 79 de nossa era, foi na reencarnação seguinte queimado no circo romano e em suas existências futuras renunciou a tudo em nome do Senhor.
Chegou, sublimado pela dor e pelo trabalho, à época de Kardec dezenove séculos depois de ser coberto pela lava do Vesúvio.
Com o pseudônimo de Emmanuel esteve presente na obra kardequiana, e no século passado desde 1910 até o início do século 21, quando acompanhou Chico Xavier em sua existência de plena dedicação a Jesus.
A mitologia mais expressiva de que temos ciência, a grega, nos mostra a ascenção de Hércules ao Monte Olimpo, após cumprir a árdua tarefa dos doze trabalhos e ter o seu corpo físico queimado.
A doutrina espírita nos ensina que o caminho da redenção é árduo, com as provas decorrentes de nosso comportamento inadequado, mas que podemos elevar-nos a planos maiores, com o trabalho e a vivência dos exemplos de Jesus, tão simples, mas difíceis de serem testemunhados a cada dia de nossa jornada terrena.
Hércules, após as duras tarefas, foi aos céus mitológicos deixando o corpo queimado na Terra. O senador Publius Lentulus teve o corpo soterrado nas cinzas de Pompeia, e seu luminoso espírito nos acompanha dos páramos mais elevados do nosso Céu.
Curiosamente, Emmanuel não nos pede grande renúncia, qual a dele mesmo e de Paulo de Tarso, mas, nos sugere que a pouco e pouco assimilemos as sublimes lições do Mestre sem açodamentos, pois, Jesus não nos pediu muito enquanto conosco viveu na Terra.
Apenas nos conclama a amar ao próximo, como a nós mesmos.
Caio Ramacciotti
Petição e Resposta
Quando te dirijas à Divina Providência, rogando algo, não te permitas o mergulho na aflição improdutiva, capaz de conturbar-te o ambiente, retardando a concessão que desejas.
Entenderás isso facilmente, nas lições mais simples da vida prática.
Se requisitas do carro uma velocidade mais ampla em face daquela que o trânsito recomenda, sob o pretexto de pressa, inclinas-te, indiscutivelmente, para o desastre.
Na hipótese de exigires da ponte o transporte de carga determinada, com o peso muito superior à capacidade de resistência em que se estrutura, com a desculpa de urgência, é provável que a desmanteles.
Quando espancas um vegetal, impiedosamente, a fim de senhorear-lhe algum fruto, sob o pretexto da fome, estarás reduzindo muitas das futuras possibilidades da árvore em teu prejuízo próprio. Em te debruçando num poço, agitando-lhe o fundo com a desculpa da sede, unicamente lhe turvas o líquido, tornando-o inadequado à própria saúde.
Em teus requerimentos à Vida Maior, formula-os com cuidado e continua no trabalho que o mundo te conferiu, esperando pela manifestação do Poder Divino, através das circunstâncias do caminho em que te encontras. Inquietação desnecessária atrasa o socorro previsto.
Sejam quais forem os obstáculos que te surjam à frente, na expectativa do apoio que solicitas dos Céus, não desesperes, nem esmoreças. Se a resposta do Mais Alto aos pedi-dos que fizeste parece demorar excessivamente, é que a tua rogativa decerto reclama análises mais profundas, a fim de que, futuramente, não te voltes contra as leis da vida, alegando haver caído na imprevidência que terá nascido de ti mesmo e não do Senhor, que, sabiamente, nos reserva sempre o melhor.
Calma, F.C.Xavier/Emmanuel – GEEM)
O DESAFIO
Por estas e outras – pelo equilíbrio e coerência entre discurso e prática – hoje defino Chico, a quem chamo de “o sábio mineiro”, como uma combinação muito bem equilibrada de monge budista e filósofo estoico. Um mestre no exercício da paciência e da disciplina, sempre atento aos próprios pensamentos, sentimentos e ações, em processo permanente de autoconhecimento e autodesenvolvimento.
E é com esta frase dele – um desafio para todos nós – que encerro este texto:
— Dou a qualquer um o direito de ser como é, mas dou a mim mesmo o dever de ser a cada dia melhor.
Se cada um de nós fizer a nossa parte (como o pássaro de ‘asas de gotas d’água), ajuda-remos – e muito – a por de pé um ‘ismo’ pelo qual vale muito a pena lutar: o humanismo, que move pessoas únicas, de corações sem limites, como Chico Xavier.
De gota em gota, a gente faz chover.
Marcel Souto Maior
30 de maio de 2022
Marcel Souto Maior é jornalista, escritor e roteirista, autor de livros como Por trás do véu de Ísis, As lições de Chico Xavier e dos best-sellers adaptados para o cinema: As vidas de Chico Xavier e Kardec, a biografia.
(Texto publicado no Correio Fraterno do ABC de São Bernardo do Campo)
Chico e o Burrinho
Chico acabava de ver sair à publicidade mais um dos belos e úteis livros psicografados pelas suas mãos abençoadas. E, além de cartas elogiosas ao seu trabalho, recebia pessoalmente em Pedro Leopoldo e em Belo Horizonte, quando lá comparecia, louvores e mais louvores de confrades e irmãos outros simpáticos ao Espiritismo.
E cada qual lhe citava um fato que mais lhe agradou, realçando o valor do livro neste e naquele aspecto.
O Chico andava atrapalhado com tantos confetes… sobre sua pessoa. E, em casa, sossegado dos aplausos, dizia de si para consigo:
— Vou deixar de psicografar, pois sou um verdadeiro ladrão, roubando referências honrosas que não me pertencem. Os abraços, os parabéns, os elogios que recebo cabem aos Espíritos de Emmanuel, André Luiz, Néio Lúcio e de outros, que são legitimamente os autores dos livros magníficos. Preciso dar um jeito nisso…
Néio Lúcio, que lhe traduzia o pensamento, que lhe verificara os propósitos, sorrindo, lhe aparece e diz:
‒ Não há razão, Chico, para sentir-se você magoado com os elogios. Também os merece.
‒ Não, Néio Lúcio, sinto-me como um ingrato, ladrão, indigno…
‒ Bem, Chico, vou contar-lhe uma pequena história:
‒ Em certo município, dois distritos se defrontavam, separados apenas por pequena distância.
Um com a população quase toda enferma, sem recurso de espécie alguma. O outro, cheio de vida, víveres, remédios. Apenas faltava um agente intermediário entre os dois. Ninguém queria servir de ligação, realizar o trabalho socorrista.
Foi quando, como mandado do céu, apareceu um burrinho humilde, manso, que, com pouco trabalho, tornou-se “apiado”, obediente, capaz de levar, sem ninguém, do distrito rico ao distrito pobre, os recursos de que careciam os irmãos enfermos e sofredores. O burrinho, tendo ao lombo dois jacás, um de cada lado, foi recebendo as dádivas: um colocava alimento, outro remédio, mais outro, roupas. Colocavam-no à trilha, e ele, automaticamente, lá ia para o distrito lazarento e faminto.
Em pouco, era esvaziada toda a carga, e voltava como fora, alegre, satisfeito por haver cumprido um serviço salvacionista, abençoado, para repetir, noutras vezes, quando necessário, a mesma tarefa cristã…
E, antes que Néio Lúcio concluísse, o Chico exclamou: — Está bem, Néio Lúcio, então, como burrinho, aceito o serviço.
E nunca mais se importou com louvores, certo de que agora sabe qual a missão que realiza entre a Terra e o Céu, junto à Grande Causa.
Lição de humildade, de conhecimento de si mesmo. Lição para nós todos…
(Lindos Casos de Chico Xavier, Ramiro Gama – Lake)
Convite aos Centros Espíritas
O GEEM oferece, em cortesia, aos centros espíritas do país uma coleção de 50 títulos de Francisco Cândido Xavier para fazerem parte de sua biblioteca.
Os livros serão enviados, sem despe-sas, mediante solicitação com o endereço e local para a entrega no horário comercial.
Basta o nome completo da entidade com endereço e CNPJ para a respectiva emis-são da nota fiscal de doação.
Notícias
1) Dentro de nosso projeto de lançamentos em 2023, concluímos o semestre com a edição do livro O Chico que Conheci, em cujas páginas se destaca a grandeza espiritual desse incansável discípulo de Jesus.
2) Atividades doutrinárias da União Espírita Mineira (UEM), dirigida por Alisson Pontes de Souza:
No primeiro domingo de fevereiro de 2023, reiniciaram-se as Aulas Sólon de Evangelização da Criança, para menores de 12 anos, abordando o Evangelho de Jesus e a Doutrina Espírita, com histórias, brincadeiras e músicas, para entreter e ensinar as crianças.
3) De 1º de julho a 15 de agosto, aos 100 primeiros leitores da revista que solicitarem, o GEEM enviará gratuitamente: O Chico que Conheci e Páginas de Gratidão.
É indispensável que nos seja enviado o endereço completo com CEP e CPF, por:
— E-mail: geem@geem.org.br
— Whatsapp: (11) 97855-4401
Nossas Atividade
I – Departamento Editorial Batuíra
– Vida e obra de Francisco Cândido Xavier
– Edição de livros e da revista Comunicação®
– Centro de Estudos Chico Xavier
– Divulgação Braille Casimiro Cunha
Reuniões Espíritas:
Centro Espírita Maria João de Deus
São Bernardo do Campo (segunda-feira às 20h e sábados às 16h)
Programa No Limiar do Amanhã
(sábados às 19 horas)
Rádio Morada do Sol – São Paulo – SP
(AM-1260 kHz)
Rádio Morada do Sol – Araraquara – SP
(AM-640kHz)
(ouça-o também em nosso site)
II – Departamento Filantrópico Nosso Lar
Atendimento a famílias e gestantes:
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Jornalista Responsável: Mário Augusto R. Vilela
Colaboração: Vivaldo da Cunha Borges – in memoriam
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